“Estamos sob o ataque das mudanças climáticas, a única chance é uma mobilização como na Segunda Grande Guerra”
Mudanças climáticas; perdemos a guerra? Este é o sub-título de artigo do ambientalista norte-americano, Bill Mckibben, publicado pelo site New Republic. No artigo Bill disse que
No hemisfério Norte, este ano, uma devastadora ofensiva está em andamento. Forças inimigas apreenderam enormes faixas de território; a cada semana que passa, mais de 22.000 mil milhas do Ártico desaparece
Como num relato de guerra, o autor diz que
peritos enviados ao campo de batalha viram poucos motivos de esperança. Este é um dos mais antigos cercos de guerra. Um cientista que estuda o fenômeno diz que em 30 anos a área diminuiu pela metade.
O Ártico desaparece
O artigo em questão é de 2016. Mal sabia o autor que, em junho de 2020, a Sibéria, no Ártico, registraria inacreditáveis 38ºC de puro calor!
Mudanças climáticas, perdemos a guerra? No Pacífico a Grande Barreira de Corais foi seriamente afetada
E ele prossegue:
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No Pacífico, nesta primavera, o inimigo encetou uma fuga ousada através de milhares de milhas dos oceanos, travando um ataque em larga escala contra os recifes de coral daquela área.
No trecho acima, o autor se referia não só às mudanças climáticas, mas ao surgimento do El Niño, fortíssimo em 2015. A ação destes dois eventos provocou
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Desta vez o ataque foi pra valer. Imensas faixas de corais estão ameaçadas pelo branqueamento, a ponto de cientistas australianos divulgarem que a Grande Barreira de Corais está morrendo.
Fogo expulsa moradores no Canadá; Seca na África, e enchente em Paris
O autor enumera, ainda, outras catástrofes, entre elas,
“uma tempestade de fogo que forçou a evacuação de uma cidade de 90.000 habitantes no Canadá; uma seca devastadora no sul da África, onde os nativos estão literalmente como as sementes secas; inundações para ameaçar o acervo de arte inestimável do Louvre
E ainda tem o Zika para aterrorizar
A dura lembrança das consequências do Zica…
que o inimigo está usando armas biológicas para disseminar o terror. O vírus Zica, carregando uma bomba potente, diminuiu o crânio de crianças atingidas em um continente inteiro.
Refugiados de Guerra
No epílogo de seu artigo o autor, sempre usando o tom dos correspondentes de guerra, relembra outro problema tão urgente, quanto atual: os refugiados.
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como em todos os conflitos, milhões de refugiados estão fugindo dos horrores da guerra. E seu número aumenta a cada dia, forçados a abandonarem seus lares para escapar da fome, desolação e doença
(A ONU estima em 65,3 milhões de refugiados hoje).
Conclusão do artigo
Estamos sob ataque, na Terceira Guerra Mundial. E estamos perdendo.