Mar brasileiro e importância estratégica, sociedade desconhece
Mar brasileiro. Deu no site brasiliadefato.com.br “organizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o primeiro relatório de Avaliação Global do Oceano (dez/2015) mostra que os indicativos de degeneração dos ecossistemas marinhos brasileiros e do Atlântico Sul impressionam e apontam que ainda há pouco esforço coordenado em entender os efeitos das mudanças ambientais globais nesta região”.
Quem fez este relatório?
Relatório foi elaborado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030
“Para o Brasil alcançar as metas do ODS 14 – Vida debaixo d’água, que visa conservar e usar sustentavelmente os oceanos, mares e recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável, o GTSC A2030 recomenda um conjunto de ações coordenadas e interdependentes”.
- Definir indicadores das metas que possam ser monitorados de forma mais precisa.
- Elaborar e implementar sistema de monitoramento dos indicadores.
- Garantir o controle social das políticas públicas com interface com as metas do ODS 14.
- Ampliar a participação de organizações da sociedade civil e organizações científicas na tomada de decisões para implementar mecanismos relacionados ao ODS 14 nas esferas municipal, estadual e federal.
- Fortalecer o diálogo em nível nacional sobre a implementação da agenda 2030 entre representantes dos comitês do governo, da sociedade civil e do Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-GERCO).
- Implementar espaços participativos no âmbito das atividades da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.
- Discutir definição de conceitos, diretrizes e normas para o Uso Compartilhado do Ambiente Marinho (Resolução CIRM nº 1/2013).
- Fortalecer o marco normativo direcionado exclusivamente aos oceanos e mares definindo medidas concretas de gestão, em especial nos temas afeitos à Agenda 2030.
- Estabelecer agenda de diálogo consistente para a implementação das Diretrizes Nacionais para a Pesca Artesanal, conforme elencado no relatório ‘Pesca Vital’, elaborado pelos pescadores e pescadores de todo o Brasil.
O Mar Sem Fim sugere mais algumas metas
A primeira delas é deixar o blá-blá-blá pra lá, sair da inércia, e criar novas e efetivas áreas marinhas de proteção integral. Mas o Governo Federal está falido, você pode dizer, como investir em novas UCs?
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A segunda, é criar fundos de investimento para a criação e implementação destas UCs, à exemplo do que ocorre com inegável sucesso no exterior. Algo no gênero do programa ARPA, criado quando começou a corrida pela proteção da floresta Amazônica. E isso, ao que parece, está nos planos do ICMBio que apresentou a ideia do Fundo Azul na Conferência dos Oceanos, de Nova York.
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E, em terceiro lugar, que a…
Imprensa brasileira: é hora de abrir espaço para discutir a questão dramática dos Oceanos
Faça o teste: para cada 10 matérias sobre meio ambiente na imprensa brasileira, nove dizem respeito ao ambiente continental: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, meio ambiente urbano, etc. Sem o maciço apoio da opinião pública não vamos a lugar nenhum. Para coopta-la, a grande imprensa é fundamental. As redes sociais já trazem informação a respeito. O problema é que muitas são falsas, outras, bobagens. Discernir entre boas e ruins é tarefa dura sem ajuda da grande imprensa.
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Fica aqui o apelo para que rádios, jornais, revistas e TVs abram espaço ao tema enquanto ainda é tempo. Que sigam o exemplo da TV Bandeirantes que, além de mostrar uma série sobre a Antártica, a primeira feita por um jornalista brasileiro, agora abriu esgaço para boletins diários do Mar Sem Fim no Band News TV.
Quem sabe, sabe. Sylvia Earle é uma destas pessoas. Para ela o maior problema é…