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Guerras Púnicas e o fim de Cartago no Mediterrâneo

Guerras Púnicas e a destruição de Cartago no Mediterrâneo

Corriam os séculos 3 e 2 a.C. Não foi uma nem duas. Foram três Guerras Púnicas entre 264 a.C. a 146 a.C. Em jogo o domínio sobre o ‘mar com fim’: o Mediterrâneo. A disputa aconteceu entre a cidade estado fenícia de Cartago (atual Túnis), e a potência em ascensão, Roma. O protagonista principal era o general Aníbal,  um ícone da História. A primeira Guerra Púnica, em grande parte marítima, foi arquitetada pelos romanos para expulsar os cartagineses da Sicília.   As guerras Púnicas e o fim de Cartago entraram para a história marítima da humanidade. E ganharam este nome porque, para os romanos, os cartagineses eram púnicos (punici).

A segunda Guerra Púnica celebrizou Aníbal

A Segunda celebrizou o gênio militar do general Aníbal que, esgrimindo estratégia militar impecável,  atravessa os Alpes com manadas de elefantes e um exército ‘esfarrapado, reduzido e exausto’, mas chega às portas de Roma fazendo tremer o império que dominaria o mundo.

A civilização fenícia foi uma cultura comercial marítima empreendedora que se espalhou por todo o Mediterrâneo durante o período que foi de 1 500 a.C. a 300 a.C.

Aníbal e seus elefantes – Divulgação/ Domínio Público.

Mas, para nós  o que interessa na refrega é a parte marítima; a mais importante, como sempre. Os fenícios são conhecidos como o povo do mar. Porque foram grandes mercadores e contribuíram para o desenvolvimento da astronomia.

Guerras Púnicas, a destruição de Cartago, e esquadras de mais de 300 navios a remos

As guerras púnicas e o fim de Cartago custaram mais de um século, ‘desde o primeiro choque em 265 até à destruição final de Cartago, em 164’.

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O general contempla a Itália em sua chegada / Crédito: Francisco Goya

“A Primeira e a Segunda Guerras Púnicas foram travadas numa escala raramente igualada até a era moderna. Esquadras de mais de 300 navios a remos, tripulados por mais de 100.000 marinheiros, foram empregues por ambos os lados na Primeira Guerra Púnica. E na Segunda, centenas de milhares de homens foram recrutados para combater os exércitos rivais.”

O porto fantástico de Cartago.

“Os custos de construir tantas galés e de pagar, equipar e alimentar tantos homens consumiram uma grande parte dos recursos dos dois Estados. Eram os mais importantes do Mediterrâneo Ocidental.”

Assim começa o livro A Queda de Cartago – As Guerras Púnicas 265-146 a.C, de Adrian Goldsworthy, uma aula da história marítima mundial.

Para além disso, a bacia do Mediterrâneo foi onde começou o desmatamento na Europa, ‘a madeira foi a base sobre a qual as sociedades antigas foram construídas’, diz John Perlin em seu livro História das Florestas.

Imagine a quantidade de árvores para a construção de 300 navios! E foram três guerras com muitas batalhas navais. Parte da madeira vinha do Líbano. Quem conhece o país sabe o que restou de suas florestas.

E lembre-se, este foi apenas o início. Até o século 19 todos os navios continuavam a ser construídos com madeira. Quantas florestas terão consumido?

O inferno no mar nas Guerras Púnicas.

Custos humanos elevados: 50.000 mortos numa batalha

“Só numa batalha, em 216, os Romanos e seus aliados sofreram cerca de 50.000 mortos. Durante a Segunda, uma parte considerável da população masculina adulta de Roma foi aniquilada. No final, Cartago estava em ruínas. Sua vida como Estado terminada e sua cultura praticamente extinta…”

“Roma, de potência estritamente italiana, guindou-se à posição de domínio incontestável sobre toda a bacia do Mediterrâneo. E avançou  a largos passos para a criação de um império que viria a controlar, por mais de cinco séculos, a Europa Ocidental, o Norte da África, e o Próximo Oriente.”

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Guerras Púnicas e o fim de Cartago

No início do século III Cartago era incontestavelmente a maior potência do Mediterrâneo Ocidental. Os navios mercantes fenícios, os maiores navegantes de sua época, inicialmente movidos a remo, ‘tornaram-se uma visão familiar em todo o mundo mediterrânico a partir do último milênio antes da era cristã’.

Os fenícios, um povo semítico cujas grandes cidades de Tiro e Sídon se localizavam na costa do atual Líbano, estabeleceram feitorias por todo o Mediterrâneo.

Em seguida, quem dominou os mares foram os egípcios, os grandes navegadores do Mediterrâneo, potência marítima ao tempo dos faraós.

‘A Primeira Guerra Púnica, o maior conflito naval da Antiguidade’

No capítulo 4, Goldsworthy trata a Primeira Guerra Púnica. E afirma que, ‘se as fontes estão corretas, a Batalha de Écnomo, em 256, poderia ter envolvido mais gente do que qualquer outra batalha naval da história’.

Mas, o mais surpreendente foi o fato da rapidez com que os Romanos, os quais diz ele, ‘nunca tinham construído um navio de guerra, se adaptaram ao mar e criaram uma marinha capaz de vencer Cartago, senhora de uma longa tradição marítima’.

“Os primeiros anos do conflito naval assistiram a uma sucessão espetacular e quase ininterrupta de vitórias romanas sobre um inimigo com navios mais bem construídos e tripulações muito mais hábeis. Quando a guerra terminou, em 241, Roma substituíra Cartago como potência naval incontestada do Mediterrâneo Ocidental. As armadas criadas durante a guerra possibilitaram as posteriores vitórias de Roma sobre Cartago e os reinos helenísticos’.

‘Quinquerreme, o navio de guerra das Guerras Púnicas por excelência’

O autor mostra que ‘a decisão senatorial de construir uma frota de 100 quinquerremes e 20 trirremes, com a intenção de confrontar diretamente a ameaça cartaginesa, assinalou uma importante mudança na prática romana segundo Políbio (historiador).

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Os trirremes. Ilustração, http://dcc.dickinson.edu/.

Mas, ‘apesar disso’, diz, ‘existe incerteza quanto ao desenho exato do quinquerreme, o navio das Guerras Púnicas por excelência’.

Em seguida,  explica que ‘as grandes batalhas navais do século 5, quando os gregos derrotaram os invasores Persas e Atenas e Esparta competiam pela supremacia, foram travadas e vencidas por esquadras de trirremes.

Trirremes, conheça

“A reconstrução de um trirreme, na década de 80 do século 20, aumentou enormemente os nossos conhecimentos. O navio deriva seu nome do grupo de três remadores. Cada um sentava-se num nível diferente e manejava um remo com quatro metros de comprimento. Os da fila superior sentavam-se numa superestrutura que se projetava do bordo.”

Note-se o esporão na proa do navio romano.

“De forma esguia, o trirreme ateniense tinha cerca de 36,5 m de comprimento e pouco menos de 6m na parte mais larga. A tripulação era de aproximadamente 200 homens, dos quais 30 marinheiros.”

“Nos testes o modelo atingiu velocidades de 8 nós. E manteve 4 nós durante horas a fio, com metade dos remadores em descanso. À vela, com uma brisa favorável, o trirreme conseguiu fazer 8 nós.”

A evolução, os quadrirremes

Tudo evolui. Assim foi com os trirremes que, aos poucos, se tornaram quadrirremes.

“No século 4 vários Estados começaram a construir navios de guerra maiores. Os Cartagineses foram os primeiros a construir ‘quatros’ ou quadrirremes, enquanto que Dionísio I, tirano de Siracusa no início do século 5, foi o responsável pela concepção do ‘cinco’- pentereis em grego, quinquerreme em latim’.

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“A tripulação de um quinquerreme romano compunha-se de 300 homens, dos quais 20 eram marinheiros e os restantes, remadores. Mesmo com os estudos, muitos deles baseados em arqueologia naval.”

Adrian Goldsworthy, confessa que ‘as provas são demasiado exíguas para se chegar a uma conclusão final. Permanecem algumas dúvidas relativas à natureza exata do quinquerreme’.

(Recentemente foi encontrado o mais antigo naufrágio do mundo no Mar Negro, onde um navio grego comercial parece ter permanecido inalterado por mais de 2.400 anos.)

Guerras púnicas e o fim de Cartago: no domínio das batalhas navais

“As galés da Antiguidade, durante as guerras púnicas e o fim de Cartago, tinham duas opções táticas: o abalroamento e a abordagem. A quantidade de projéteis que podia ser lançada e a artilharia montada nas embarcações maiores eram importantes para provocar danos graves ou incapacitantes para as embarcações inimigas.”

A força bruta em ação.

“O disparo de projéteis complementava os métodos principais de ataque. E o vento era um meio de propulsão demasiado incerto para servir em combate. Por consequência, todos os combates decisivos necessitavam de um contato físico entre os navios antagônicos.”

As armas: esporões na proa dos navios

“Um esporão do século 3 descoberto ao largo de Athlit, em Israel, hoje no Museu Marítimo Nacional, em Haifa, tem uma cabeça romboide, torna-se mais largo na direção da ponta e apresenta projeções laterais. Tem 2,20m de comprimento, 76 cm no ponto mais largo e 96cm no mais alto. Pesa 464kg. Pertencia, provavelmente, a um navio ptolomaico aventa-se a hipótese de a embarcação se tratar de um ‘quatro’ ou de um ‘cinco’.

Um dos mais notáveis auxílios à navegação na Antiguidade, o Farol da Alexandria, foi  construído pelo Reino Ptolomaico  entre 280 e 247 a.C.

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“O esporão encontrado entre os destroços de um pequeno navio de guerra púnico descoberto perto de Lilibeu (Marsala, Sicília) é feito de madeira revestida, de ambos os lados, de um dente de metal, com o esporão, curvado para cima, presumivelmente destinado a arrombar o casco do navio inimigo abaixo da linha d’água.”

“Ele era fixado à quilha mas nunca fazia parte dela. Do contrário transmitiria ao casco do navio inimigo muita força necessária ao abalroamento. A outra vantagem deste desenho era que se o esporão ficasse preso na embarcação seria provável  que se partisse, permitindo o recuo do navio atacante.”

O abalroamento entre navios

Goldsworthy explica que eram manobras difíceis.’A colisão poderia danificar ambos os navios. Por isso os capitães tentavam manobrar de forma a abalroarem o flanco do adversário’.

“Consequentemente, as batalhas navais consistiam de uma série de duelos individuais, com os navios tentando manobrar melhor que os adversários e atacá-los no flanco, procurando ao mesmo tempo sucumbir à investida de outro opositor. Um tipo de combate que já foi comparado aos duelos aéreos da Primeira Guerra Mundial’.

“A alternativa ao abalroamento era a abordagem, enganchando o navio inimigo e inundando-o de atacantes. Este método favorecia os navios maiores que poderiam transportar mais soldados e que também se beneficiavam da vantagem da altura. No século 5 a marinha ateniense foi um expoente brilhante das táticas de abalroamento…”

Batalha naval de Écnomo: 330 navios e 140.000 mil homens na armada romana

“As esquadras rivais estavam praticamente em pé de igualdade  em termos numéricos. Ambos investiram recursos gigantescos na construção naval com o intuito de ganhar uma vantagem decisiva.”

“Em 256 os romanos tomaram  decisão de escalar o conflito através de uma invasão do Norte da África. Para o efeito, reuniram uma esquadra de 330 navios, que desceu a costa italiana, e rumou a Messana.”

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Mais 330 navios. Faltou dizer quantas florestas naturais desapareceram para que a peleja continuasse.

A batalha de Écnomo.

“Navegou para o Sul, passou por Siracusa e dobrou o cabo Paquino, onde se juntou ao exército romano da Sicília (era dominada por Cartago). A nata da infantaria romana abordou os navios para servir em combates navais e constituir a força de invasão. Cada quinquerreme levava algo como 120 soldados.”

“Políbio afirma que o total das equipagens e soldados a bordo da armada romana era de 140.000 mil homens.”

350 navios e 150.000 homens na Armada cartaginesa

“Os cartagineses conseguiram reunir 350 navios que zarparam de África para Lilibeu, rumando depois para Heracleia Minoa (cidade grega antiga situada na costa sul da Sicília). Políbio põe os seus efetivos em mais de 150.000, um número calculado com base no pressuposto de que seus navios levavam a bordo tantos homens como os dos romanos.”

O gênio humano é nossa glória e, ao mesmo tempo, algoz.

Antes de prosseguir, tente por um momento imaginar o enorme esforço e a organização, para que os dois lados pudessem, três séculos antes de Cristo, não só construir e armar suas marinhas e exércitos mas também mantê-los, criar rotas de abastecimento, etc. É algo, ao mesmo tempo, inacreditável, e fascinante.

Depois de considerações, o autor diz que mais recentemente historiadores recuam para uma ‘redução de aproximadamente 100 navios para cada lado’.

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É surpreendente o tamanho das frotas. Imagine a dificuldade de comandá-las. Frotas parecidas em tamanho, ainda que bem menores, só surgiram séculos depois, no conflito entre a Inglaterra e a Invencível Armada, no século 16!

Mesmo assim…

Guerras púnicas e o fim de Cartago: a refrega no Mediterrâneo

“Os romanos fizeram ao mar prontos uma batalha naval e para prosseguirem até à costa africana e desembarcarem. A frota incluía transportes de cavalos mas não se sabe quantos eram.”

“Estas embarcações desembarcariam montadas para 500 cavaleiros que tinham ficado com Regulo…Em lugar de utilizar sua própria propulsão, os transportes eram rebocados por navios de guerra, de modo a acompanharem o resto da frota.”

“Os comandantes púnicos tinham  decidido travar a batalha naval ao largo da Sicília, considerando a melhor opção para defender a cidade de Cartago. Se sua armada era tão forte como indica Políbio, seria a maior força naval reunida pelos Cartagineses, o que, juntamente com a crença que tinham na sua superior marinharia, poderá ter encorajado a convicção de que lhes sorria a oportunidade de alcançarem uma grande vitória.”

“As esquadras avançaram uma sobre a outra, à vista da costa da Sicília.”

‘Esquadras formavam vértice de triângulo’

“Estas esquadras formavam o vértice de um triângulo cuja base era composta pela terceira esquadra, disposta em linha, com cada navio rebocando um transporte de cavalos. A quarta estava formada atrás da terceira esquadra e era provavelmente mais numerosa, dado que a sua linha excedia as extremidades da formação da terceira esquadra.”

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“Protegendo a retaguarda e funcionando como última reserva, esta esquadra fora designada de esquadra dos ‘triatti’.

“Os Cartagineses efetuaram algumas alterações ao seu dispositivo quando avistaram a frota romana e terão avançado na habitual formação em linha. A linha cartaginesa tinha a costa da Sicília à esquerda.”

“O flanco esquerdo, um quarto dos navios da armada, navegava numa diagonal em relação à terra. A partir da sua extrema direita, seguia o resto da frota, numa linha reta perpendicular à costa.”

“O flanco direito, comandado por Hanão, compunha-se de navios mais rápidos e prolongava-se para além do flanco esquerdo da formação romana. O centro era liderado pelo comandante supremo na Sicília, Amílcar, que instruía os capitães da sua divisão para que se retirassem caso os romanos atacassem.”

O plano cartaginês

“O plano de Amílcar parece ter sido fragmentar a compacta formação romana para que as suas divisões de alas pudessem abater-se sob os flancos e a retaguarda do inimigo. Os cartagineses contavam explorar o seu domínio superior das táticas de abalroamento e evitar os ataques frontais dos navios romanos equipados com o corvo (espécie de ponte usada para invadir o navio inimigo).”

“As sugestões de um plano cartaginês muito mais complexo não convencem.”

“No princípio a batalha pareceu evoluir de acordo com as expectativas de Almílcar. Os cônsules consideraram fraco o centro da linha cartaginesa – Políbio descreve-a como sendo mais ‘esparsa’, o que poderá sugerir a existência de intervalos maiores do que o habitual entre navios.”

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“Os navios almirantes lideraram a carga da primeira e da segunda divisões contra este ponto aparentemente vulnerável.”

‘Navios de Amílcar recuaram a toda a pressa’

“Os navios de Amílcar recuaram a toda a pressa, o que abriu rapidamente um fosso enorme entre os navios dos cônsules e a terceira esquadra, ainda com os transportes a reboque.”

“Decidindo que os Romanos tinha sido atraídos suficientemente longe para ser possível isolar a retaguarda de sua frota, Amílcar ordenou aos seus navios que virassem e atacassem o inimigo.”

Uma peleja renhida

“Seguiu-se uma peleja renhida, com os romanos procurando enganchar as embarcações inimigas, inspirados pela presença dos cônsules, que participavam ativamente do combate.”

“A maior velocidade dos navios cartagineses gerou dividendos, e alguns poderão mesmo ter atravessado a linha romana para depois fazer meia volta e esporearem o inimigo pela popa.”

Guerras púnicas e o fim de Cartago: ‘sem remédio’ para uma novidade da construção naval

“Os cartagineses não tinham conseguido encontrar um remédio eficaz para a abordagem com o corvo” (espécie de ponte móvel entre navios, usado pela primeira vez pelos romanos).

Navio romano a notar, o corvo, ponte elevada pronta a ser lançada sobre o navio inimigo.

“O choque entre o centro cartaginês e as primeiras duas esquadras romanas foi decidido primeiro, quando os navios de Amílcar abdicaram da luta e fugiram. Não obstante os sucessos iniciais, vários navios púnicos tinham sido apanhados pelos bicos dos corvos e abordados.”

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Navios romanos na retaguarda

“A flotilha de Hanão vinha causando sérias dificuldades à esquadra dos triatti, mas de súbito os navios romanos surgiram na retaguarda; combinadas, as forças romanas afugentaram os Cartagineses.”

“A ala esquerda púnica conseguira empurrar a terceira esquadra romana para a costa,  mas quando os navios romanos se agruparam e formaram uma linha com as proas viradas para o inimigo, os Cartagineses furtaram-se a entrar em contato por medo dos corvos.”

Guerras púnicas e o fim de Cartago: a fase final do combate

“…Nesta fase final do combate foram capturados cinquenta navios cartagineses, pois a fuga era difícil, encerrados que ficaram entre a costa e a terceira esquadra romana e as forças convergentes dos cônsules.”

“Foram capturados outros catorze navios púnicos, talvez principalmente no centro, e trinta foram afundados.”

“As perdas romanas cifraram-se em vinte e quatro navios afundados. E nenhuma das embarcações ações foi capturada.”

“O maior embate de guerra, e provavelmente a maior batalha naval da história durante as guerras púnicas e o fim de Cartago, saldou-se por uma clara vitória romana.”

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Conheça o trirreme reconstruído e saiba mais obre as Guerras púnicas e o fim de Cartago

A Guerra de Cartago – As Guerras Púnicas 265-146 a.C. Adrian Goldsworthy

É uma bela sugestão para época de isolamento social, solidão, vontade de aprender com o passado. Escrito em ‘linguagem de romance’, mas solidamente baseado em fontes históricas, é de leitura deliciosa.

Cada página supera em prazer a anterior, explica as campanhas recheadas dos personagens históricos mais carismáticos. E demonstra que suas lições foram aprendidas.

O General Norman Schwarzkopf  afirmou ter se inspirado nas campanhas de Aníbal para a sua vitória na Guerra do Golfo em 1991.

Imagem de abertura: google

Fonte: A Guerra de Cartago – As Guerras Púnicas 265-146 a.C. Adrian Goldsworthy, editora www.edicoes70.pt

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