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Japão é criticado por liberar água contaminada no mar

Japão é criticado por liberar água contaminada no mar

O governo japonês confirmou que começará a liberar no oceano Pacífico mais de 1,3 milhão de toneladas de água contaminada que recebeu tratamento, mas ainda radioativa, armazenada na usina nuclear de Fukushima Daiichi. A Tepco usou a água para resfriar os reatores danificados após o desastre nuclear de 2011. As autoridades dizem que o espaço para armazenamento chegou ao limite.

O Japão garante que vai tratar o líquido para remover quase todos os radionuclídeos, exceto o trítio, e afirma que liberará o restante em níveis seguros. Mesmo assim, organizações ambientais, pescadores locais e países vizinhos alertam para os riscos à vida marinha e à saúde humana.

Imagem, You Tube.

G7 evita apoiar o despejo de água radioativa no mar

A decisão repercutiu internacionalmente. Segundo o English News, durante a última reunião, o G7 evitou apoiar formalmente o plano japonês. China e Coreia do Sul manifestaram forte oposição e pediram alternativas mais seguras. Organizações ambientais também questionam a credibilidade dos dados de monitoramento da Tokyo Electric Power Company (Tepco), operadora da usina.

Passado o caos, os japoneses não tiveram alternativa a não ser resfriar os reatores  com água do Pacífico. E, desde 2020 há a ameaça de livrar-se da água contaminada no mar. Logo depois do acidente o Japão já despejava a água no mar. Entretanto, os protestos internos e externos obrigaram o país a cessar os despejos.

Água contaminada de Fukushima preocupa ambientalistas

Especialistas lembram que, mesmo diluído, o trítio pode se acumular em organismos marinhos e afetar cadeias alimentares. Além do risco ambiental, há temor de prejuízos à economia pesqueira da região pela queda da confiança nos produtos do mar.

O Japão promete monitorar continuamente a radioatividade da água, em cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Para críticos, no entanto, a decisão é precipitada e pode gerar efeitos de longo prazo ainda desconhecidos.

Assista ao vídeo da Deutsche Welle e a entrevista com especialista do Greenpeace

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