A evolução da bioluminescência nas criaturas marinhas
O fenômeno é conhecido há milhares de anos. Sempre encantou e fascinou as mentes mais curiosas. Alguns historiadores acreditam que a poesia antiga da China teria feito o primeiro registro da ‘luz animal’. Mas foram os gregos e romanos que fizeram observações mais explícitas e sistemáticas. A primeira referência grega à fosforescência marinha data de 500 a.C, com descrições de observações marinhas. Aristóteles (384 – 332 a.C) registrou a bioluminescência em detalhes. Durante seu estudo, ele descobriu que esses organismos eram capazes da auto-luminosidade. Séculos depois, Plínio, o Velho, 23-79 d.C produziu “Naturalis Historia”, um relato do conhecimento mundial da época. Nele, Plínio detalhou organismos bioluminescentes, incluindo vagalumes e águas-vivas.
A evolução da bioluminescência nas criaturas marinhas
Até bem recentemente, acreditava-se amplamente que os mares profundos onde a luz não chega eram em sua maioria desprovidos de vida. Hoje, sabe-se que nesta região dos oceanos, a zona crepuscular, a luz é produzida pelas criaturas marinhas. A luz é usada como isca, arma, aviso, engano, farol e excitação sexual.
Organismos bioluminescentes produzem e irradiam luz. Existem milhares de animais bioluminescentes, incluindo espécies de peixes, lulas, camarões e medusas. É mais uma estratégia de sobrevivência, como a capacidade de camuflagem dos polvos, por exemplo.
Essa luz é criada por uma reação química, e é exemplo do fenômeno chamado bioluminescência. A luz que essas criaturas emitem é criada dentro de seus corpos, o que significa que são capazes de brilhar. Brilhar na escuridão completa.
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Nesse ambiente, a luz que alguns animais podem criar para si mesmos é fundamental para sua sobrevivência. Pensa-se que até 90% da vida na zona crepuscular cria luz de alguma forma.
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Como funciona o fenômeno?
A bioluminescência evoluiu independentemente muitas vezes durante a história da vida na Terra, o que significa que muitas espécies diferentes desenvolveram a capacidade de produzir luz separadamente.
A luz que as criaturas vivas podem produzir é criada por uma reação química. Para que essa reação aconteça, uma planta ou animal deve carregar uma molécula chamada luciferina, mais uma das duas enzimas chamadas luciferase e fotoproteína.
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Entre outras muitas espécies marinhas, há alguns tipos de tunicados, e até tubarões bioluminescentes recém-descobertos.
Verde e azul, as cores mais comuns nos oceanos
A luz mais comum produzida no oceano é verde e azul, e esses comprimentos de onda viajam mais na água. Alguns peixes também podem criar luz vermelha, embora seja muito mais rara.
Os dinoflagelados
São micróbios unicelulares. Minúsculos organismos que obtêm sua energia da luz do sol quando estão na superfície, como as plantas. Perturbados, esses grupos de micróbios criam belos padrões de luz nos oceanos de todo o mundo.
As bactérias também podem brilhar tanto na terra quanto embaixo d’água. Elas podem viver independentemente na água do mar ou na areia, ou ainda dentro de um organismo maior, como um tipo de lula, por exemplo.
As bactérias obtêm alimento do corpo da lula e em troca emitem luz azul. Elas podem parecer viajar em ondas ao longo do corpo da lula, ajudando na sua camuflagem.
Para que serve a bioluminescência?
No fundo do mar, a luz é usada para atrair a presa ou um companheiro, para afugentar predadores, para observar os arredores ou – como a lula bobtail e o peixe-lanterna – para camuflagem e proteção. Já as águas-vivas fazem a mesma coisa para assustar os predadores.
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Assista ao vídeo da BBC, Plâncton bioluminescente cria espetáculo de luz no mar
Imagem de abertura: Creative Commons
Fontes: https://www.nhm.ac.uk/discover/what-is-bioluminescence.html; ttps://www.goldbio.com/articles/article/The-History-of-Luciferin-and-Luciferase-discovery-timeline.