Você ouviu falar da cachoeira submarina das ilhas Maurício?
Antes de mais nada, vamos conhecer as Ilhas Maurício. Trata-se de um pequeno país insular no Oceano Índico, na costa oriental da África. Sua capital é Porto Louis. Maurício fica a cerca de 500 milhas (800 km) a leste de Madagascar. Seus territórios periféricos são a Ilha Rodrigues, a leste, os Cargados Carajos Shoals, a nordeste, e as Ilhas Agalega, ao norte. São ilhas de origem vulcânica e quase inteiramente rodeadas por recifes de coral. Mais de metade de sua área é arável. Desse modo, surgiu a cultura da cana-de-açúcar, hoje o principal item de exportação e motor da economia ao lado do turismo. Árabes e portugueses as visitaram antes de serem habitadas por holandeses, colonizadas pelos franceses, conquistadas por britânicos e, ufa, finalmente libertadas para a independência em 1968. Em 2021 sua população era de 1,2 milhão de habitantes. Mas, sua maior beleza é a cachoeira submarina.
Dodô, o símbolo de Maurício
Como somos ativistas ambientais, não perdemos nenhuma oportunidade para destacar aspectos relevantes de nossas ações, mesmo as inocentes praticadas séculos atrás. Nossa esperança é que um dia aprendamos com o passado.
Extinção de uma ave endêmica
As Ilhas Maurício ficaram famosas por um fato hoje comum: a extinção de uma ave endêmica, o Dodô. Segundo o site www.mauritiusattractions.com, Os holandeses decidiram se estabelecer em 1634. Imediatamente depois, as florestas naturais foram destruídas para dar lugar a culturas importadas como cana-de-açúcar, arroz, tabaco, etc.
A população humana aumentou drasticamente – marinheiros, inválidos, condenados e escravos estabeleceram-se. Estes últimos tiveram, portanto, que encontrar fontes de alimentos no interior. Foi assim que a fauna e a flora se deterioraram, incluindo também o dodô.
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Desse modo, foi presa fácil para humanos, e as espécies por eles introduzidas, como ratos e macacos (que comiam seus ovos), especialmente. Contudo, vieram outros, como veados, porcos, cabras, galinhas, cães e gatos, cada um tornando a vida outrora “pacífica e fácil” do Dodô numa luta inglória.
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Assim, o último avistamento foi relatado nos registros de caça de Isaac Johannes Lamotius, já em 1688. Em outras palavras, o sumiço da ave tornou-se um ícone das extinções, e deixou perplexas as ‘cabeças pensantes’ da Europa do século 17. Mas, de maneira idêntica, um exemplo sobre o impacto humano em ambientes isolados como ilhas. Aparentemente, não aprendemos com a história.
Felizmente, as ilhas Maurício ainda mantêm características únicas que, até agora, ainda não conseguimos destruir. Uma delas é a…
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A formação é possível pelo fato do país estar situado no topo de um planalto submarino, o Planalto Mascarene. Ao contrário dos continentes cuja massa de terra afunda gradualmente no oceano com plataformas continentais situadas longe da costa, as massas de terra no topo de planaltos submarinos como Mascarene podem cair subitamente no fundo do oceano.
A configuração extrema e irregular do terreno é o resultado da atividade vulcânica que deu origem às ilhas há cerca de 8 milhões de anos. Embora existam alguns habitats marinhos mais rasos em torno, o local onde fica a “cachoeira” subaquática é um dos pontos onde o fundo do mar despenca repentinamente criando a ilusão de ótica inigualável.
Planalto Mascarene
O Planalto Mascarene é um planalto submarino que se estende por aproximadamente 2.000 km, das Seychelles à Reunião. Ele cobre uma área de mais de 115.000 km2 de águas rasas, com profundidades que variam de 8 a 150 metros, mergulhando a 4.000 m até a planície abissal em suas bordas. Daí a formação da ‘cachoeira’.
No entanto, é importante lembrar que a ‘cachoeira’ é apenas uma ilusão. Não há cachoeira real sob as águas. Contudo, a interação de elementos naturais cria esta magnífica ilusão, tornando a Cascata Subaquática das Maurícios uma maravilha da arte da natureza.
Na verdade, a areia e o lodo do fundo do oceano escorrem de uma forma que faz parecer que estão caindo em uma cachoeira – ou como se a ilha inteira estivesse sendo sugada por um vasto ralo.
De acordo com o www.sciencetimes.com, Devido à natureza altamente dirigida da erosão, a cascata subaquática ao largo da costa sul é genuinamente um fenômeno único. Na ponta extrema do planalto subaquático, um abismo em forma de ferradura leva abaixo das profundezas do oceano.
A famosa cena da cachoeira surge com muita força quando a areia é empurrada pelas correntes oceânicas para fora da plataforma rasa e para dentro daquela fenda, demonstrando tanto a força da água corrente quanto a fragilidade de pequenas massas de terra.