USP inova na produção de hidrogênio verde a partir do etanol
Enquanto isso, a Iberdrola inaugurou a maior fábrica de hidrogênio verde para uso industrial na Europa, localizada em Puertollano, Espanha. A instalação inclui uma usina solar de 100 MW, armazenamento de bateria de íon de lítio de 20 MWh e um grande sistema de produção de hidrogênio eletrolítico de 20 MW, todos alimentados por energias renováveis. No Brasil, o porto de Pecém no Ceará, o segundo maior do Nordeste, prepara-se desde 2022 para ser um centro de hidrogênio verde, aproveitando o alto potencial eólico e solar da região para desenvolver a produção, armazenamento e transporte do hidrogênio.
Hidrogênio verde a partir do etanol
Segundo o Jornal da USP ‘o hidrogênio produzido na estação vai abastecer os ônibus cedidos pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), que circularão exclusivamente dentro da Cidade Universitária, e também um veículo Mirai, cedido pela Toyota Brasil para testar a performance do hidrogênio’.
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Como o hidrogênio verde da USP será produzido?
Nossa fonte é novamente o jornal da USP, desta vez em matéria de Sandra Capomaccio. ‘Além de ser economicamente vantajosa, a tecnologia que está em desenvolvimento na USP permite capturar o carbono a partir do etanol, resultando em emissões negativas, principalmente se comparadas com o hidrogênio produzido a partir da energia solar ou a partir da água, como gosta de afirmar Júlio Meneghini, que é diretor do Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa aqui na Escola Politécnica da USP’.
Sandra Capomaccio encerra otimista: ‘O projeto tem futuro enorme. Só para dar um exemplo, o carro elétrico da Tesla, que é produzido na Califórnia, carrega cerca de 600 kg de bateria. O equivalente à energia dessas baterias seria apenas 27 kg de etanol. Em outras palavras, se o Brasil conseguir viabilizar esse motor elétrico mais eficiente que o motor de combustão, sem esse problema do peso, estaria aberta “uma avenida enorme” para recolocar o País na arena mundial. São conhecidas as rotas que tentam produzir o hidrogênio a partir da água. A Poli quer explorar rotas alternativas a partir do setor sucroalcooleiro brasileiro, que vai levar os veículos a emitirem água’.
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