Atol de Midway onde aves morrem ingerindo de plástico
Os pássaros do Atol Midway, particularmente o albatroz-de-laysan, sofrem consequências catastróficas por ingerirem detritos plásticos que seus pais confundem com comida. Os adultos, que se alimentam em vastas áreas do Oceano Pacífico Norte, coletam itens plásticos flutuantes, como tampas de garrafas e isqueiros, que depois trazem de volta e dão de comer aos seus filhotes. Estima-se que 5 toneladas de plástico sejam dadas de comer aos filhotes de albatroz no atol a cada ano. No Pacífico há uma famosa mancha de plástico do tamanho do estado do Texas. É o maior lixão a “mar aberto” do planeta.
Lixões em mar aberto
Aos poucos os Oceanos estão virando lixões. Onde quer que você navegue vai encontrar material plástico por toda a parte. E cada pedaço demora séculos anos para se desfazer.
No caso das aves marinhas, o plástico enche a cavidade estomacal criando uma falsa sensação de saciedade que impede os filhotes de comerem comida real suficiente para uma nutrição adequada, levando à desnutrição e à morte.
Conheça mais sobre o Atol Midway
O Atol Midway é um refúgio remoto de vida selvagem localizado a mais de 3.200 km do continente mais próximo, mas é fortemente afetado pelos detritos marinhos transportados pelas correntes oceânicas, como o Giro do Pacífico Norte. Isso torna o albatroz um símbolo poderoso, ou “canário na mina de carvão”, da crise global de poluição plástica, ilustrando que as ações humanas têm consequências de longo alcance, mesmo nos ecossistemas mais isolados.
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Ilhabela em último lugar no ranking de turismo 2025Garopaba destrói vegetação de restinga na cara duraCores do Lagamar, um espectro de esperançaÉ vital que cada cidadão faça sua parte evitando tanto quanto possível o uso de material plástico. Mesmo com cada um fazendo sua parte o plástico cerca nossa vida. Um livro, um CD, uma compra qualquer, e lá vem a sacola de plástico infernizar nossa vida. É preciso fazer reciclagem de lixo em casa. Como disse um famoso ambientalista: pensar localmente para agir mundialmente.
Saiba que estas imagens grotescas estão acontecendo cada vez com maior frequência. Recentemente um marfim-azul, um predador marinho que é um prodígio em termos de hidrodinâmica, surgiu morto numa praia de Santa Catarina com um pneu perfurado por seu bico. Já, em 2024, uma foto de uma bola à deriva no mar que tornou-se habitat para cracas marinha venceu um concurso internacional.
Assista ao vídeo e veja como nossa ação se espalha mar afora