Subida do nível do mar, África na frente de novo
O mais pobre continente, a desafortunada África, dá exemplo outra vez ao menos para nós da triste e imprevidente América do Sul onde o Brasil segue como o gigante adormecido. A África já é uma referência na proibição ao uso do plástico, um dos maiores inimigos do meio ambiente marinho. Enquanto a ‘maior cidade da América Latina’ se esforçava para proibir o uso de canudinhos de plástico (só os canudinhos) apenas a partir de 2019, países como a Tanzânia baniam o plástico em 2017 para “proteger os jovens e o meio ambiente”. Enquanto isso, Ruanda tem o objetivo de ser o primeiro país livre do material do mundo. E não são os únicos. Agora, a lição vem em razão da subida do nível do mar.
Aumento do nível do mar, África na frente de novo
Enquanto os mais ricos municípios costeiros brasileiros, Ilhabela, São Sebastião, e Ubatuba, ignoram as vulnerabilidades de suas cidades ao flagelo que ameaça a vida no planeta, a pequena vila de Ganvie no Benin, assombra pela atitude correta ganhando as manchetes mundiais.
Uma vila, Puffer Village, dá o exemplo
Há anos que a pequena aldeia do lago de Nokué está ameaçada pelo aumento do nível do mar, que arruína os atuais edifícios. A madeira das casas é muito frágil para suportar o nível do mar em constante mudança.
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De acordo com o site uk.style, ‘O baiacu é conhecido por inflar como um balão – enchendo-se de água ou ar – para assustar ou escapar de predadores. Inspirado por esse mecanismo de defesa, Navidi prevê um sistema flutuante que pode inflar e desinflar em resposta ao nível do mar e às condições climáticas’.
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Antes de tudo, é simples e engenhoso.
Quando a maré sobe, o primeiro sensor aciona um soprador de ar sob a casa-barco. O ventilador faz com que uma “pele de balão” se encha de ar, deixando o corpo subir à superfície.
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Conheça o novo navio de carga híbridoBrasil pega fogo, espanta o mundo, e Lula confessa: ‘não estamos preparados’Como anda a discussão sobre geoengenharia na mídia do exterior?O segundo sensor entra em ação em caso de tempestade, criando buracos na subestrutura para a entrada de água. O peso (da água) confere estabilidade a toda a estrutura e evita o desprendimento da base.
Energia das marés
O projeto, futurista, não deixou escapar outro conceito essencial nestes tempos de excesso de gases de efeito estufa, a energia será produzida pelas marés, tornando-as quase inteiramente autossuficientes.
Já a parte superior das moradias, espécie de balão, deve ser coberta com painéis solares com o objetivo de obter energia também do sol.
Tamanho do projeto
É pequeno, mas suficiente para atender os cerca de 3 mil prédios de Ganvie, onde vivem 30 mil habitantes em cabanas de bambu sobre palafitas. Por isso o local acabou conhecido como a ‘Veneza da África’.
O que o arquiteto Sajjad Navidi propõe nada mais é que um sistema de casas inteligentes que se adaptam ao aumento do nível do mar. E, além do mais, de forma barata. Este é mais um exemplo de quem se preocupa com o futuro a longo prazo.
Entre os dez melhores projetos
Segundo o site www.designboom.com, a proposta de Navidi fez parte de um concurso lançado em 2021 pela Fondation Jacques Rougerie, incluída na lista dos 10 melhores na categoria “inovação relacionada à elevação do nível do mar”.
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Projeto com criação de ostras
Talvez o projeto seja futurista demais para ser repicado num atrasado Brasil. Mas outros países, ainda mais pobres que Benin como Bangladesh no sudoeste da Ásia, procuram copiar bons exemplos usando o cultivo de ostras, já testado e aprovado na Holanda e na Louisiana, Estados Unidos. E ainda mais barato e simples que o projeto de Sajjad Navidi.
Autoridades de ambos os locais correm atrás do prejuízo, e procuram adaptar suas cidades costeiras para os novos desafios como informa a BBC, demonstrando desse modo a profundidade do abismo que os separam dos inúteis e apáticos gestores políticos de Pindorama.
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Imagem de abertura: Reprodução