Ruínas submersas Yonaguni, um mistério em água do Japão
O geólogo Masaaki Kimura, da Universidade dos Ryūkyūs, cujo grupo foi o primeiro a visitar as ruínas submersas na costa da Ilha Yonaguni, afirma que são monólitos feitos pelo homem. Na verdade as ruínas de uma Atlântida japonesa – uma cidade antiga afundada por um terremoto há cerca de 2.000 anos. Assim diz o mysteriesrunsolved.com, que prossegue: A característica mais atraente e estranha é uma formação retangular medindo cerca de 150 por 40 metros e cerca de 27 metros de altura. O topo está cerca de 5 metros abaixo do nível do mar. Esta é a maior estrutura que se parece com uma pirâmide, monolítica e escalonada.
Arenito e lamito que remonta a 20 milhões de anos
O “Monumento Yonaguni”, também conhecido como “Ruínas Submersas Yonaguni”, é uma formação rochosa pré-histórica, diz o mysteriesrunsolved.com, que se forma em grandes aglomerados de até cinco andares. Acredita-se que seja uma estrutura artificial ‘feita pelo homem’.
Yonaguni
Ela é a mais meridional das ilhas Ryukyu, no Japão. Fica a cerca de cem quilômetros a leste de Taiwan e, ao mesmo tempo, a 2.900 quilômetros de Tóquio. A ilha é banhada pela corrente Kuroshio, desse modo, é habitat de muitas espécies, entre elas o espadarte, atum, choco gigante, barracuda e cardumes de tubarões-martelo que se reúnem nas águas para se reproduzir durante o inverno.
A concentração de tubarões-martelo foi o motivo de sua descoberta. Segundo o oceansorigens.net, ‘O local único e inspirador foi descoberto em 1995 por um mergulhador que se afastou da costa de Okinawa. Ele ficou estupefato quando tropeçou no arranjo afundado de blocos monolíticos como se estivessem em terraços na encosta de uma montanha.’
Mais lidos
Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemVicente de Carvalho, primeiro a dizer não à privatização de praiasVírus da gripe aviária mata milhões de aves mundo aforaArquipélago de Mayotte, no Índico, arrasado por cicloneA mesma fonte destaca que ‘A estrutura provocou controvérsia instantânea. Além disso, atraiu multidões de arqueólogos mergulhadores, mídia e curiosos amadores. Contudo, ninguém conseguiu determinar sua identidade.’
E, finalmente, ‘O processo revelou muitas descobertas surpreendentes, incluindo o que parece ser um enorme arco ou portão de enormes blocos de pedra. Eles pareciam se encaixar perfeitamente, junções em ângulo reto, esculturas e o que parecem ser escadas, ruas pavimentadas e encruzilhadas que levam a praças cercadas.’
PUBLICIDADE
As controvérsias sobre as ruínas
O geólogo Masaaki Kimura não está só em sua crença. O explorador e pesquisador Graham Hancock escreveu em seu livro Underworld: “Foram as estruturas submersas do Japão que primeiro me despertaram para a possibilidade de que um submundo na história, não reconhecido pelos arqueólogos, pudesse estar escondido e esquecido sob o mar.”
Já alguns estudiosos dizem que se for de fato um resto humano, uma das possibilidades são os habitantes pré-históricos do Japão chamados Jomon, que existiram de cerca de 12.000 a.C a cerca de 300 a.C e que desenvolveram uma cultura sofisticada.
Leia também
Projeto Ocean of Things, o futuro da exploração marinhaLaboratório subaquático em 3D para estudar os oceanosData Centers Submersos: A Revolução Tecnológica que Abraça os OceanosContudo, nem todos concordam. A National Geographic também abordou o assunto em reportagem de 2007, Japan’s Ancient Underwater “Pyramid” Mystifies Scholars, ou seja, Antiga “Pirâmide” Subaquática do Japão intriga estudiosos. A NT começa citando Kimura para, em seguida, dizer que ‘as alegações geraram controvérsia.’
A revista procurou Robert Schoch, professor de ciências e matemática da Universidade de Boston, que mergulhou no local. “Não estou convencido de que qualquer uma das principais características ou estruturas sejam degraus ou terraços feitos pelo homem, são todos naturais.”
“É geologia básica e estratigrafia clássica para arenitos, que tendem a quebrar ao longo de planos e dar a você essas bordas muito retas, particularmente em uma área com muitas falhas e atividade tectônica”.
Uma lendária civilização do Pacífico?
Entretanto, diz a NT, ‘Alguns especialistas acreditam que as estruturas podem ser tudo o que resta de Mu, uma lendária civilização do Pacífico que, segundo rumores, desapareceu sob as ondas.’
A revista também ouviu Kimura que disse “Acho muito difícil explicar sua origem como sendo puramente natural, por causa da grande quantidade de evidências da influência do homem nas estruturas.” E prosseguiu: “Os personagens e monumentos de animais na água, que consegui recuperar parcialmente em meu laboratório, sugerem que a cultura vem do continente asiático.”
Maior tsunami registrado do mundo
Kimura disse à National Geographic que ‘O maior tsunami registrado do mundo atingiu Yonaguni Jima em abril de 1771, com uma altura estimada de mais de 40 metros, observou, então tal destino também pode ter acontecido à antiga civilização.’
Kimura tem o apoio de Toru Ouchi, professor associado de sismologia da Universidade de Kobe, também ouvido pela National Geographic. O professor Ouchi disse que “Eu mergulhei lá também e toquei a pirâmide. O que o professor Kimura diz não é nada exagerado. É fácil dizer que essas relíquias não foram causadas por terremotos.”
A controvérsia persiste. Enquanto os dois japoneses apostam na mão humana, o especialista Robert Schoch parece firme em sua conclusão: “O professor Kimura diz que viu algum tipo de escrita ou imagens, mas são apenas arranhões em uma rocha que são naturais. Ele os interpreta como feitos pelo homem, mas não sei de onde eles vêm.”