Resex do Batoque, no litoral do Ceará
Primeira Reserva Extrativista criada no litoral cearense, a Resex do Batoque fica a 55 km de Fortaleza e tem pouca infraestrutura.
A comunidade de moradores da Resex do Batoque sobrevive da agricultura familiar e da pesca. Já os problemas são os mesmos apresentados nas outras UCs visitadas: especulação imobiliária e ameaça de expulsão dos nativos.
De acordo com estudos realizados, a comunidade nativa se fixou no lugar 80 anos atrás. A praia do Batoque faz divisa com Pindoretama e Cascavel. A paz reinou até os anos 70 quando começaram os problemas com especuladores.
Bioma: Marinho Costeiro
Área: 601,44 hectares
Criação: 05 de junho de 2003
Localização: Aquiraz, Ceará
Tipo: Uso Sustentável
A comunidade da Reserva do Batoque
Ela é formada por 262 famílias inscritas, além de cerca de 150 casas de veranistas, alguns de outros países.
A área é muito pequena, 600 hectares, com apenas cerca de 5 quilômetros de praia de um extremo ao outro.
Apesar de ser do “bioma marinho” como a classifica o ICMBio, a Resex Batoque não abrange a lâmina de mar, nem tampouco partes da imensa restinga que tem atrás de sua divisa.
A área da UC, de acordo com a chefe que nos recebeu, além de pequena é formada quase só por APPs, Áreas de Preservação Permanente, como dunas, lagoas e praia, por isso “sobra pouco para construir”.
Mesmo assim algumas reformas têm sido feitas, em razão do soterramento de vários imóveis pela areia das dunas empurradas por fortes ventos. Segundo Miriam, estas casas teriam sido construídas antes da Resex, e antes ainda do avanço que as dunas hoje sofrem.
A questão da posse, ou não, pela empresa acima citada, está na Justiça desde 2012. Enquanto não sai uma decisão, qualquer obra de ampliação e melhoramento das casas está temporariamente suspensa, motivo de irritação constante para os nativos.