Envio de peixes-boi para o Caribe é adiado
Depois de polêmicas, envio de peixes-boi para o Caribe é adiado. Ao menos três, dos cinco peixes-boi do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), situado na Ilha de Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, seriam transferidos para o Parque Nacional de Guadalupe, nas Antilhas Francesas.
Transferência dos animais foi suspensa
De acordo com nota enviada pela comunicação do aeroporto de Recife, a suspensão foi feita pelo Instituto ICMBio “em função de mudanças na operação de embarque dos peixes-boi-marinhos pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio”.
Os animais seriam emprestados pelo governo brasileiro para auxiliar no repovoamento do conjunto de ilhas da América Central, onde a espécie está extinta há um século.
ICMBio envia nota oficial
Explicando que “como alguns itens previstos no protocolo ainda estão pendentes, o ICMBio decidiu adiar o transporte dos peixes-bois até que todos os requisitos sejam atendidos pelo Governo da França, responsável pelo pais do Caribe. A decisão visa assegurar que o transporte será realizado com plena segurança para a equipe e os animais”.
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Muitos pesquisadores e ambientalistas questionam essa decisão e defendem a permanência dos animais e investimentos no Brasil. Os peixes-boi que embarcariam nesta primeira etapa são batizados como Netuno, Xuxa e Daniel. Eles seguiriam em um avião-cargueiro fretado pelo governo francês. iriam dentro de caixas feitas de madeira náutica e aço inox, com um colchão umedecido. São cinco horas de viagem até a ilha. Ao longo do trajeto, será borrifada água nos bichos. Uma segunda viagem deve ocorrer no segundo semestre deste ano, para levar Sereia e Marbela.
Entenda a penúria do ICMBio: Peixes- boi despachados para Guadalupe
Matéria publica por Veja.com, da conta da penúria do ICMbio: ela é tamanha, que cinco peixes-boi marinhos do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA), em Itamaracá, Pernambuco, serão transferidos para o Parque Nacional de Guadalupe (território francês no Caribe) em abril.
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Braço falido do ICMbio
O CMA é outro dos ‘braços’ do falido ICMBio. Apear disso, no site do órgão está escrito que a missão do CMA ” é ser um centro de excelência no desenvolvimento de pesquisas que possibilitem o conhecimento necessário à conservação dos mamíferos aquáticos, bem como dos ambientes dos quais estes dependem”.
“Centro de excelência no desenvolvimento de pesquisas”- mais um engodo do Governo Federal
A informação sobre a missão do órgão, no site do ICMbio, é risível. Uma tremenda piada de mau gosto, e mais um engodo do Governo Federal. Ao não repassar verbas ao órgão, o Governo Federal, cria situações vexatórias como esta.
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Não se sabe exatamente quantos animais marinhos ainda resistem em águas brasileiras. Algumas pesquisas falam em 500 indivíduos, outras dizem que são 1.000. Qualquer que seja o número correto, a quantidade é muito pequena.
Procedimento legal
Veja.com informa que “a transferência entre países é legal e está prevista na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), tratado internacional do qual o Brasil é signatário”.
Legal ou não, é um absurdo o país com ‘a maior biodivesidade do planeta’ ser obrigado a adotar subterfúgios como este por simples descaso. O desgoverno de Dilma- A destrambelhada, consegue nos surpreender negativamente todos os dias.
Especialistas brasileiros questionam a medida
Para o diretor-presidente da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA), João Carlos Gomes Borges, a situação da fauna do Brasil não é confortável para que o país abra mão de um exemplar sequer.