Cocaína nos mares de Santos? Era só o que faltava
Pois é, cocaína nos mares, era só o que faltava. “Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Universidade Santa Cecília (Unisanta) apontou altas concentrações de produtos farmacêuticos e de cocaína na Baía de Santos, no litoral de São Paulo. No laboratório, já foram comprovados os danos que as substâncias trazem ao ambiente marinho. Agora, os pesquisadores buscam aprofundar mais esse estudo sobre as concentrações de drogas ilícitas nesse ecossistema e seus reais danos.”
Os autores da pesquisa sobre cocaína nos mares de São Paulo
“A pesquisa foi coordenada por Camilo Seabra Pereira, ecotoxicologista e professor do curso de mestrado em Ecologia da Unisanta. O grupo é também composto pelos pesquisadores Luciane Maranho, Fernando Cortez, Fabio Pusceddu, Aldo Santos, Daniel Ribeiro, Augusto Cesar e Luciana Guimarães.”
São Vicente e Praia Grande
O estudo também apontou contaminação nas águas entre São Vicente e Praia Grande. Ele foi apresentado no 12º Encontro da Sociedade de Tecnologia e Química Ambiental da América Latina. O encontro bienal da Sociedade de Toxicologia e Química Ambiental – América Latina foi realizado na Unisanta, reunindo cientistas de 15 países.
Não basta a poluição “normal“?
Quer dizer que não basta a poluição “normal“, isto é, aquela que já conhecemos como excesso de metais pesados, poluição industrial gerada pelo polo petroquímico de Cubatão, pelo porto de Santos, o maior do país. Mas, para além destes, ainda existem outros considerados “normais“, a erosão constante, assim como a dragagem que revolve o fundo do mar mais fortemente que um arado no campo, deixando as partículas de metais pesados em suspensão quase constante.
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Como a droga é encontrada nos mares?
Camilo Seabra, da Unifesp, explicou:
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Em todas as estações encontramos tanto a cocaína quanto metabólicos. As maiores concentrações foram no carnaval de 2014. As quantidades de cocaína na água já estão próximas das que causam efeitos em organismo marinhos, que é na ordem de 200 a 2.000 nanogramas por litro, ou seja, para cada 1 litro de água, são 500 nanogramas de cocaína
FAPESP financia estudo
“O estudo é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e o monitoramento e análise das amostras segue até 2018.
Foto de abertura: Francisco Arrais/PMS
Fontes: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/estudo-aponta-contaminacao-por-cocaina-no-mar-do-litoral-de-sp.ghtml; http://www.atribuna.com.br/noticias/noticias-detalhe/cidades/estudo-revela-cocaina-no-mar-de-sao-vicente-e-praia-grande/?cHash=740d4869030195413b0807b41b630ef8; http://noticias.unisanta.br/campus/palestra-com-professor-norte-americano-abre-o-12o-setac-latin-america-na-quinta-feira-7-na-unisanta.