Escolha de companheiro por peixes: cientistas associam neurônio à escolha
Escolha de companheiro por peixes: neurônios TN-GnRH3 são ativados quando fêmea reconhece macho. Atividade libera moléculas que tornam fêmea aberta a relacionamento.
No peixe-arroz, neurônio TN-GnRH3 está ligado à preferência feminina por acasalar com machos que já conhece (Foto: Courtesy of Dr. Kiyoshi Naruse (National Institute for Basic Biology))
Escolha de companheiro por peixes
As células nervosas dos peixes desempenham um papel importante na inclinação das fêmeas em acasalar com machos que já conhecem. Esta é a descoberta de estudo conduzido por cientistas japoneses e publicada na “Science”.
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Segundo os pesquisadores, em várias espécies de vertebrados a familiaridade social afeta a preferência feminina de acasalamento. Por meio de uma série de experimentos em aquários eles descobriram que, nos peixes, o neurônio TN-GnRH3 é que modula esta preferência feminina.
Os pesquisadores monitoraram o tempo em que o peixe-arroz japonês, também conhecido como medaka, demora para acasalar desde a primeira tentativa de cortejo. Em peixes que tenham se visto uns aos outros antes de interagir, este tempo é menor se comparado àqueles que não se viram.
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Estudando os neurônios nos cérebros desses animais
Ao estudar os neurônios nos cérebros desses animais, os cientistas mostraram que quando uma fêmea reconhece um macho os neurônios TN-GnRH3 entram em atividade. Os neurônios ficam minimamente ativos na maioria do tempo. Silenciando o interesse de uma fêmea em um macho que nunca viu. Quando ela avista um macho que já conhece, a familiaridade visual inflama a atividade dos neurônios.
A atividade destes neurônios libera ao cérebro uma enxurrada de moléculas conhecidas como peptídeos, que tornam a fêmea mais aberta a um relacionamento. Portanto, os TN-GnRH3 servem como uma espécie de portão para ativar as preferências de acasalamento e influenciam na escolha do companheiro para acasalamento.
Do G1, em São Paulo.