Calor e frio extremos: um futuro nada animador
Nas últimas semanas o verão no hemisfério sul fez muitos brasileiros incluirem em seu vocabulário termos como sensação térmica e índice de calor. Enquanto isso os cidadãos dos EUA eram castigados por nevascas e uma onda de frio como há muito não se via no país. No Rio de Janeiro os cariocas enfrentavam uma sensação térmica de 50ºC, no nordeste do estado americano de Montana eram esperados -50ºC. Calor e frio extremos: um futuro nada animador.
Relatório IPCC de 2013: mudanças climáticas responsáveis pelos eventos climáticos. Calor e frio extremos
Segundo o relatório do IPCC publicado no final de 2013, as mudanças climáticas causadas pelo homem são provavelmente umas das responsáveis pelos eventos climáticos extremos. Assim como as calamidades causadas por eles.
Chuvas castigaram os estados de Minas Gerais e Espírito Santo
A imagem abaixo, divulgada pelo Earth Observatory da NASA, mostra as chuvas que castigaram os estados de Minas Gerais e Espírito Santo em dezembro de 2012. Até 27 de dezembro pelo menos sete cidades registraram novos recordes para quantidade de chuva em um único mês.
O mapa compara as taxas de precipitação de dezembro de 2103, com as médias registradas em dezembro entre 1998 e 2012. Quanto mais escuro o azul, muito mais intensa do que a média foi a precipitação.
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Já as duas imagens abaixo registram as variações na temperatura média da superfície da terra. Elas mostram como variaram as temperaturas nos EUA no espaço de apenas um mês. O primeiro mapa, com dados dos dias 03 a 10 de dezembro de 2013, mostra uma costa oeste com temperaturas abaixo da média. Enquanto a costa leste e o Alasca registravam temperaturas bem acima da média histórica para o período.
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Enquanto isso a Europa enfrentava um período de clima excepcionalmente quente. As celebrações de fim de ano tiveram chuva em vez de neve. Discutia-se se haverá neve suficiente para os próximos Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, na Rússia.
Calor na Austrália
Por fim, a animação abaixo, feita com dados do Laboratório Geofísico de Dinâmica dos Fluidos do NOAA, mostra uma projeção para as temperaturas da superfície do planeta até o ano 2100. Caso o pior cenário de emissões de gases se concretize.
Neste cenário, no qual as emissões continuam a crescer em ritmo acelerado, a superfície da Terra poderia aquecer entre 2,6 °C e 4,8 °C ao longo deste século. Isso fará com que o nível dos oceanos aumente entre 45 e 82 centímetros. Na animação, a cor vermelha significa que a temperatura é prevista para ser maior do que a média do século 20. Se for azul está previsto para que seja menor do que a média.
Animação projeção para as temperaturas da superfície do planeta até o ano 2100
Paulo André Vieira.