Imagens inéditas: helicóptero envolve navio durante o sequestro
Sequestro do Galaxy Leader marca nova fase da pirataria no Mar Vermelho
Construído em 2002, o navio transportador de veículos Galaxy Leader, de propriedade britânica e operado pelo Japão, navega atualmente sob a bandeira das Bahamas. Militares, usando um helicóptero, sequestraram ilegalmente o navio, que agora se encontra no porto de Hodeidah, no Iêmen.
A Galaxy Maritime Ltd., com sede na Ilha de Man, informou em um comunicado que todas as comunicações com o navio se perderam. De acordo com a CBC, os Houthis divulgaram na segunda-feira, 20/11, imagens de vídeo mostrando homens armados descendo de um helicóptero e apreendendo o navio de carga no sul do Mar Vermelho, um navio que eles identificaram como israelense.
A filmagem, divulgada pelo canal de TV do movimento Houthi, Al Masirah, do Iêmen, surgiu após a apreensão do navio pelo grupo apoiado pelo Irã no sul do Mar Vermelho.
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O gCaptain reporta que a empresa japonesa de navegação NYK, que fretou o navio, afirma que ele não transportava carga no momento do sequestro. A empresa está empenhada no retorno seguro dos 25 tripulantes a bordo.
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O gCaptain informa ainda que a empresa de navegação japonesa NYK afirma ser o fretador. A empresa diz que o navio não estava carregando nenhuma carga e que está trabalhando no retorno seguro de todos os 25 membros da tripulação a bordo.
Antes de mais nada, fica claro que navegar por estas águas agora tem mais perigos que o mau tempo: uma hora acontece um sequestro, na outra, países da região ameaçam fechar o Estreito de Ormuz.
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Por outro lado, a Bloomberg relata que o proprietário do navio é o empresário israelense Rami Ungar. A mesma fonte acrescenta que os Houthis frequentemente reivindicam ataques no Mar Vermelho e no Golfo de Omã. Eles também realizaram ataques nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita com drones e mísseis, como em 2019, quando afetaram significativamente a produção de petróleo saudita.
Enquanto isso, o Irã, através do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, negou envolvimento na apreensão do navio. Kanaani declarou que grupos de resistência no Oriente Médio agem e tomam decisões baseadas em seus próprios interesses.
Finalmente, um porta-voz da Nippon Yusen informou que os tripulantes do navio são da Bulgária, Ucrânia, Romênia, México e Filipinas. O Galaxy Leader havia descarregado sua carga em um porto na Turquia e estava a caminho do terminal de Pipavav, na costa da Índia.
Assista ao sequestro
