Extinção em massa: esta é a sexta, e desta vez a causa não é a queda de nenhum astro, mas a nossa queda
Não é a primeira vez que este site alerta sobre a sexta extinção em massa. Agora o jornal The Washington Post publica a matéria “What the sixth extintion will look like in the Ocean’s: The largest Species die off first”. Em tradução livre, A sexta extinção nos Oceanos: as maiores espécies desaparecem primeiro.
Extinção em massa: desta vez a perturbação somos nós
No parágrafo de abertura, o jornal diz: “nós não podemos vê-la ao nosso redor”. E quase ninguém se importa. Mesmo assim, os cientistas mostram cada vez mais certeza de que o mundo segue rumo ao que muitos chamam de sexta extinção em massa. Em termos simples, as espécies desaparecem hoje numa velocidade muito maior do que qualquer ritmo natural conhecido. Algo rompeu o equilíbrio do sistema. E, neste caso, esse algo somos nós.
Um estudo da revista Science reforça o alerta. A publicação mostra que, nos oceanos, o risco de extinção não atinge todas as espécies da mesma maneira. As maiores espécies enfrentam o maior perigo agora.
De tubarões, a baleias e moluscos gigantes, tartarugas e atuns. A ameaça desproporcionada para os organismos marinhos maiores reflete a propensão humana única para abater os maiores membros de uma população
Assim, a marcha da insensatez humana segue rompendo os limites planetários como se não houvesse amanhã. Um novo relatório do Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto Climático (PIK), mostra que a humanidade já ultrapassou 7 dos 9 limites críticos do sistema terrestre.
Cientistas dizem que a “natureza intocada” pelos humanos já se foi
Jonathan Payne, da Universidade de Stanford, o principal autor do estudo, disse que…
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O que nos surpreendeu foi não vermos um tipo semelhante de padrão em qualquer dos eventos de extinção em massa anteriores que estudamos
Cerca de 2.500 animais marinhos foram estudados
Estas perdas no oceano estão em paralelo com o que os humanos fizeram para os animais da terra cerca de 50.000 a 10.000 anos atrás.
A sexta extinção em massa já começou
Barnosky foi o co-autor de um estudo publicado no ano passado que encontrou uma
excepcionalmente rápida perda de biodiversidade ao longo dos últimos séculos, indicando que uma sexta extinção em massa já está em andamento.
Consequências da pesca excessiva, e da preferência por grandes animais marinhos
A remoção preferencial dos maiores animais dos oceanos modernos, sem precedentes na história da vida animal, pode perturbar os ecossistemas por milhões de anos.
Elizabeth Kolbert afirma em seu livro que geração atual pode causar nova extinção em massa
Elizabeth Kolbert é geóloga e paleontóloga. Escreve regularmente para várias publicações de prestígio, entre elas a National Geographic, e a revista New Yorker. Ela publicou o livro “A sexta extinção, uma história não natural”. Pelo título é possível deduzir o conteúdo da obra que fez barulho mundo afora.
A cientista diz que…
…dada a nossa tendência para sistemas globais de transporte, uso indiscriminado de hidrocarbonetos, e ocupação e destruição de áreas naturais, nossa geração pode causar a sexta extinção das espécies ao longo dos 4,5 bilhões de anos desde a formação do planeta(de acordo com cientistas, desde sua formação a Terra passou por cinco eventos de extinção).
‘Cientistas alertam, o sexto evento de extinção em massa está em curso’
Com a palavra The Guardian: “cientistas alertam, o sexto evento de extinção em massa está em curso”. E no corpo do texto está escrito que…”os pesquisadores falam de aniquilação biológica, já que o estudo revela que bilhões de populações de animais perderam-se nas últimas décadas”
Biological annihilation via the ongoing sixth mass extinction signaled by vertebrate population losses and declines, publicado pelo jornal Proceedings of The National Academy of Sciences.
Conclusão do estudo: humanidade pagará caro
Saiba mais mais sobre o livro de Elizabeth Kolbert
(Ilustração de abertura: thoth3126 com br)