Petrobrás: de mal a pior
Neste domingo, 23 de fevereiro, O Estado de S. Paulo publicou uma matéria com o seguinte título: “Metade da produção da Petrobrás na Bacia de Campos é de água.” O texto da menciona a perda de produtividade. Petrobrás: de mal a pior?
…cada vez maior da Bacia de Campos que responde por quase 80% da produção de petróleo do país.
Petrobrás: de mal a pior…
Segundo o jornal
a queda na produtividade tem sido tão grande que anula os resultados excepcionais do pré-sal, fazendo a produção total da empresa estagnar e até cair.
Mais adiante informa o Estadão:
o motivo seria o pouco investimento em novos poços, declínio natural e má gestão dos reservatórios, segundo fontes e geólogos.
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Um dos entrevistados , o geólogo Pedro Zalán, da consultoria Zag, declarou:
Algo muito sério está acontecendo na Bacia de Campos. O especialista atribui a queda primordialmente à falta de investimentos (grifo dests site) em novos poços e de injeção de água, com a Petrobrás desviando suas sondas e esforços para a área do pré-sal. O declínio natural de campos antigos (maduros) e a má gestão de reservatórios viriam a seguir, nesta ordem.
Pressa aliada à falta de investimentos e transparência
E é aí que mora o perigo: a pressa aliada à falta de investimentos e de transparência. Eu me pergunto quando será o próximo acidente nos poços marítimos da empresa, e suas consequências para o meio ambiente marinho.
Petrobrás: faltam investimentos em manutenção das plataformas
No mesmo domingo, 23 de fevereiro, a Folha de S. Paulo publicou outra matéria: “Vistoria aponta risco em plataformas de petróleo da Petrobrás.” O primeiro e segundo parágrafos são emblemáticos. Eles alertam que o jornal teve acesso a um relatório do Ministério Público do Trabalho cujo teor principal é a falta de investimentos em manutenção das plataformas da empresa trazendo risco aos trabalhadores.
Entre os problemas listados estão “rotas de fuga mal delineadas, despejo de dejetos sem tratamento no mar, botes salva-vidas incapazes de salvar” e vai por aí.
Petrobrás é reincidente
Antes de encerrar a Folha diz que a empresa é reincidente e, das exigências do documento, algumas ainda não foram estendidas a todas as plataformas – “evitar vazamentos de gases.”
Não temos apenas “navios- porcalhões” jogando lixo no mar brasileiro. A maior empresa brasileira, a Petrobrás, ao que parece, faz a mesma coisa frequentemente.
Há, ou não, motivos para preocupação? Alguém se arrisca apostar quanto tempo vai levar até próximo acidente em águas brasileiras?
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