O Rio Doce um dia foi assim:
Infelizmente nossa capacidade de destruição é gigantesca. Matar um rio não é tarefa fácil. Onde chega o ser humano, chega a merda. Neste caso a falta de seriedade das autoridades brasileiras foi a chave para transformar o rio Doce, em amargo. Mas nossa ação, ou omissão, também contribui. Não nos indignamos quando vemos a mata ciliar ser cortada, não protestamos pelo esgoto jogado na calha do rio, ao contrário, ajudamos a poluir ainda mais. Impressionante a quantidade de lixo atirado pela janela de carrões importados, portanto, de gente que tem grana para se informar.
Nossa geração está deixando pegadas irreparáveis, construindo em locais proibidos, “privatizando praias”, aterrando mangues, destruindo a beleza cênica para que algumas pessoas tenham vista para o mar, e vai por aí. Esses são erros nossos, não do poder público.
As futuras gerações nos julgarão. E serão implacáveis. Não somos donos do planeta, estamos aqui de passagem. É preciso ir além de “curtir” no Facebook.
Todos têm que participar
Temos que nos lembrar que somos hoje 7,4 bilhões de pessoas! É muita gente. Muita gente para alimentar, muita gente descartando lixo onde não se deve (de acordo com a ONU cada ser humano produz em média 1,5 kg de lixo por dia!), muita gente consumindo indiscriminadamente; e mais gente ainda incapaz de consumir o básico para viver com dignidade.
Criticar é fácil. Mudar hábitos, difícil. Você, mudou os seus? Recicla seu lixo? Economiza água e energia (em casa), ou toma banhos de 15 minutos todos os dias? Antes de deitar falação, ou criticar o poder público, mude seus hábitos antes que seja tarde demais. A responsabilidade é absolutamente coletiva.
É preciso um mínimo de reflexão sobre o uso indiscriminado de hidrocarbonetos( leia-se gasolina e diesel), a ocupação e destruição de áreas naturais, entre muitos outros problemas. Nossa geração pode causar a sexta extinção das espécies ao longo dos 4,5 bilhões de anos desde a formação do planeta”.