Anúncio feito recentemente pela ministra do Meio Ambiente apresenta o novo diretor do ICMBio.
Mudanças sempre devem vir acompanhadas da esperança de um cenário melhor. Com esse pensamento, o Mar Sem Fim espera dias melhores para nossas Unidades de Conservação Marinhas.
Essa reflexão acontece em um momento de recente mudança na direção do ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O órgão ambiental vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e responsável pela gestão das unidades de conservação nacionais terá agora o ambientalista Cláudio Maretti como presidente. Moretti substitui Roberto Vizentin.
O novo presidente do ICMBio, geólogo, é líder da Iniciativa Amazônia Viva da Rede WWF e ex-vice-presidente da Comissão Mundial sobre Áreas Protegidas da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
O ex-presidente Roberto Vizentin divulgou estar satisfeito com a escolha da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira e s Sobre seu mandato, afirmou que “o balanço é muito positivo, acho que conseguimos coletivamente, com a direção do instituto, dar uma contribuição importante”.
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Conhecendo o novo presidente do ICMBio
Cláudio Maretti está no WWF há 12 anos. Nos últimos quatro foi líder da Iniciativa Amazônia Viva (Living Amazon Initiative – LAI) da Rede WWF.
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Formado em geologia pela Universidade de São Paulo (USP), Maretti fez mestrado em geotecnia e doutorado em geografia humana, com tese sobre gestão territorial comunitária no oeste africano.
O novo presidente do Instituto Chico Mendes também participou ativamente da implementação do Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa), considerado o maior esforço de conservação local da biodiversidade no mundo, que é coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e financiado com recursos do Global Environment Facility (GEF), do Banco de Desenvolvimento da Alemanha (KfW), da Rede WWF e do Fundo Amazônia.
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Opinião Mar Sem Fim
O Mar Sem Fim reconhece que Claudio Maretti merece um mínimo de esperança pelo currículo, mas não basta currículo pra mudar, tem que haver mudança de paradigmas, de investimento, de postura do governo federal em relação ao nosso meio ambiente e nosso maior trunfo: a biodiversidade brasileira.
Quanto à estas mudanças, temos que ser céticos. O atual governo federal não tem feito muita coisa para alimentar um cenário ambiental melhor, haja vista, o Marco da Biodiversidade sancionado recentemente por Dilma Roussef.
O projeto de lei visa reduzir a burocracia e estimular a pesquisa e inovação com espécies nativas. No ponto de vista de alguns ambientalistas, o projeto privilegia as empresas e amplia o acesso a biodiversidade sem proteger os povos indígenas e seus conhecimentos tradicionais.
Fontes: o eco, globo, ministério meio ambiente.