❯❯ Acessar versão original

Cientistas descobrem mais 100 espécies da fauna marinha na Nova Zelândia

Cientistas descobrem mais 100 espécies da fauna marinha na Nova Zelândia

Estamos apenas começando a desvendar os mistérios marinhos. A Unesco informa que os oceanos cobrem 71% da Terra e constituem o maior ecossistema, com 99% do espaço habitável. Apesar da imensidão oceânica, exploramos apenas 5% dela, deixando as profundezas amplamente desconhecidas. Contudo, cada ano traz novas descobertas de espécies marinhas devido ao trabalho incansável de pesquisadores. Recentemente, mais de 100 novas espécies foram identificadas ao largo do Chile e, agora, mais 100 foram descobertas na Nova Zelândia.

21 cientistas em uma expedição nas águas de Bounty Trough, Ilha Sul da Nova Zelândia

Segundo o New York Times, uma equipe de 21 cientistas partiu em uma expedição nas águas em grande parte desconhecidas de Bounty Trough, na costa da Ilha Sul da Nova Zelândia, em fevereiro, na esperança de encontrar um tesouro de novas espécies.

Acredita-se que seja uma nova espécie de camarão. Imagem, Ocean Census/NIWA.

A expedição valeu a pena, disseram eles no primeiro domingo de março, com a descoberta de 100 novas espécies, um número que provavelmente crescerá, disse Alex Rogers, biólogo marinho que  liderou a expedição.

Alex Rogers declarou ao jornal: “Espero que esse número aumente à medida que trabalhamos através de mais e mais amostras”,  e disse ainda, “Eu acho que esse número vai estar nas centenas em vez de apenas 100.”

Recentemente, recebemos duas notícias animadoras que ampliam nosso entendimento sobre a biodiversidade marinha, graças às descobertas no Chile e Nova Zelândia. Até o momento, conforme o Registro Mundial de Espécies Marinhas de 2022, conhecemos cerca de 242.000 espécies marinhas. Anualmente, descobrimos em média 2.332 novas espécies. Apesar desses avanços, o Ocean Census sugere que entre 1 e 2 milhões de espécies marinhas possam existir, indicando que ainda temos muito a descobrir nos oceanos.

PUBLICIDADE

Mais uma espécie carnívora foi encontrada. Imagem, Ocean Census/NIWA.

A expedição à Nova Zelândia foi liderada pelo Ocean Census, uma organização sem fins lucrativos dedicada à descoberta global da vida oceânica, o Instituto Nacional de Água e Pesquisa Atmosférica na Nova Zelândia e o Museu da Nova Zelândia Te Papa Tongarewa.

‘É vital aprender mais sobre a vida marinha’

Segundo Alex Rogers, líder da expedição, ‘é vital aprender mais sobre a vida aquática, porque os ecossistemas marinhos realizam funções que sustentam a vida na Terra, como a criação de alimentos para bilhões, o armazenamento de carbono e a regulação do clima’.

Cientistas envolvidos no projeto. Imagem, Ocean Census/NIWA.

“Estamos lidando com uma situação em que sabemos que a vida marinha está em declínio”, disse ele. “A fim de tentar gerenciar as atividades humanas para evitar esse declínio contínuo, precisamos entender melhor a distribuição da vida marinha do que atualmente.”

Depressão subaquática de 500 milhas de comprimento e 4.800 metros de profundidade

O Discovery informou onde, exatamente, aconteceu a expedição: ‘Uma exploração de três semanas em uma enorme depressão subaquática de 500 milhas de comprimento e 4.800 metros de profundidade levou à descoberta de mais de 100 novas espécies oceânicas’.

A região Bounty Trough foi explorada e revelou mais 100 espécies da fauna marinha.

Antes da expedição, diz o Discovery, pouco se sabia sobre os animais que viviam neste habitat profundo do fundo do mar na costa sudeste da Nova Zelândia. A viagem foi a primeira expedição emblemática do Hemisfério Sul para o Censo do Oceano, uma aliança global para acelerar a descoberta e proteção da vida no oceano.

O site neozelandês Niwa informa que ‘o Ocean Census é uma aliança global das principais instituições de ciência marinha do mundo, com o objetivo ambicioso de descobrir e proteger 100.000 novas espécies em todo o oceano global na próxima década’.

Alex Rogers, o diretor de ciência do Censo do Oceano, escolheu o Bounty Trough na Nova Zelândia para pesquisa porque é um dos ecossistemas oceânicos profundos menos explorados do mundo. Ele acredita que essa área tem um grande potencial para revelar novas formas de vida.

Restauração de áreas degradadas no Brasil usa espécies invasoras

Sair da versão mobile