Chegada do verão, praias e…mais lixo?
Bitucas de cigarro em praias, primazia perdida em 2019
Até 2019, as praias do mundo tinham mais bitucas de cigarro do que qualquer outro lixo. Mas um estudo recente mostrou uma mudança: pela primeira vez, invólucros de alimentos ultrapassaram as bitucas como o principal tipo de lixo em praias e vias navegáveis ao redor do mundo.
Ainda assim, a Limpeza Costeira Internacional da Ocean Conservancy, em 2021, coletou mais de 78.000 bitucas de cigarro só na Flórida, e mais de 1,2 milhão globalmente. A Ocean Conservancy alerta sobre um equívoco comum: muitos pensam que as bitucas se decompõem sem causar danos. Engano. Os filtros de cigarro são feitos de plástico e absorvem produtos químicos tóxicos do tabaco. Quando abandonados no ambiente, sol, chuva e vento os transformam em microplásticos, liberando substâncias tóxicas nas praias e cursos d’água.
Neste cenário, o Brasil e os Estados Unidos compartilham desafios similares de falta de educação e egoísmo em relação ao descarte de lixo. A solução exige ação global, mas medidas locais podem ajudar.
Em 2022, o governador da Flórida, Ron DeSantis, sancionou uma lei permitindo que governos locais proíbam fumar em praias públicas e parques. Em Miami Beach, o vice-prefeito Alex Fernandez propôs uma proibição semelhante nas praias e parques da cidade. Essas iniciativas representam passos importantes para mitigar o problema do lixo em áreas costeiras.
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Meta: retirar um milhão de bitucas só das praias cariocas
O movimento ambiental Revolução das Bitucas no Rio de Janeiro planeja retirar um milhão de bitucas das praias cariocas em 2024. O Globo relata que o advogado Bernardo Egas idealizou o projeto, que já coletou 25 mil bitucas em um mês nas praias do Rio. Para alcançar a meta no próximo ano, precisarão coletar mais de três vezes essa quantidade.