Material foi registrado por engenheiro agrônomo durante dois dias.
Prefeitura de Beberibe e Ibama desconhecem origem da substância.
Renato César Moreira, internauta, Fortaleza, Ceará.
Substância branca desconhecida aparece no litoral do Ceará (Foto: Renato Cesar/VC no G1)
O engenheiro agrônomo Renato César Moreira registrou o aparecimento de uma substância branca em mais de três quilômetros da faixa de areia da praia do Morro Branco, no litoral leste doCeará. “Isso não pode ser normal. Eu caminhei mais de três quilômetros e essa ‘massa’ estava em todo caminho. Além de parecer ser uma poluição, pode ser algo químico e fica uma imagem ruim para a praia”, afirma.
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Declínio do berçário da baleia-franca e alerta aos atuais locais de avistagemPirataria moderna, conheça alguns fatos e estatísticasMunicípio de São Sebastião e o crescimento desordenadoFrota de pesca de atum derruba economia de MoçambiqueOs registros de Renato foram feitos nos dias 17 e 18 de dezembro durante a manhã quando a maré estava secando, entre o início das barracas até as famosas falésias, formações típicas da região. O engenheiro conta que perguntou a pescadores do local sobre o surgimento da “massa branca” na areia. “Um deles me informou que não é a primeira vez que acontecia e as bolas brancas são isopor em pó”, afirma. Ainda de acordo com Renato, a substância não tinha cheiro e desmanchava ao ser pisada. “Ficava um pouco pegajoso”, disse.
Nota da Redação: A Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente da Prefeitura de Beberibe, município onde está localizado Morro Branco, informou que funcionários que fiscalizam a praia perceberam a mancha e, nesta quinta-feira (17), coletaram amostras do material. As amostras serão analisadas em um laboratório. A Prefeitura desconhece as causas da mancha.
Segundo o ICMBio, na reserva existia um Estaleiro Escola, onde comunitários fabricaram alguns catamarãs. O equipamento está desativado desde 1996 e, apesar de nem a Prefeitura nem o Ibama confirmarem o teor da substância, os comunitários confirmaram ao ICMBio que não usavam isopor na fabricação.