Luz solar ameaça nos polos ecossistemas marinhos: degelo aumenta incidência de raios solares no leito e afeta biodiversidade
A perda de massa de gelo na superfície dos oceanos pode causar o desaparecimento de até um terço dos ecossistemas que ficam nas profundidades, devido ao aumento de luminosidade no leito marinho, ou seja, a luz solar ameaça nos polos os ecossistemas. As informações são de um estudo divulgado pela Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália.
Pesquisa aponta: luz solar ameaça nos polos
A pesquisa feita por cientistas da Divisão Antártica Australiana prevê que, com os polos mais quentes, os ecossistemas das áreas mais profundas podem sofrer reduções drásticas em algumas décadas.
Segundo Graeme Clark, os dados mostram que os ecossistemas polares são mais sensíveis à mudança climática do que se pensava.
Na costa da Antártica, por exemplo, comunidades de invertebrados que vivem na escuridão poderão ser substituídas por algas que prosperam com a luminosidade.
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Mudanças perceptíveis
Os estudiosos implantaram medidores de luz no fundo do mar em sete locais da Antártica, com profundidades de até dez metros.
Câmeras fotografaram a costa todos os dias
Câmeras fotografaram a costa todos os dias, ao meio-dia, durante dois anos e meio. Com isso determinaram a cobertura de gelo do mar. Constatou-se um crescimento na taxa de algas na Antártica em diferentes condições de luz. A professora Emma Johnston, que integra a equipe, informou:
É um excelente exemplo de impacto ecológico em larga escala que os seres humanos proporcionam com o aquecimento global, mesmo em lugares tão remotos como a Antártica. Nosso modelo mostra que as mudanças recentes na cobertura de neve e gelo nos polos já causaram mudanças na quantidade de luz que atinge grandes áreas do Ártico e da Antártica anualmente