Viagem à Antártica, das Ilhas Argentinas até a Ilha Trinity, costeando o litoral Antártico
A região das Ilhas Argentinas, local da antiga base inglesa Faraday, atualmente ocupada pela ucraniana Vernadsky, é espetacular. Este foi o ponto mais próximo do polo que decidimos atingir: 65 graus, com 14 minutos, de latitude Sul. depois o Mar Sem Fim navegou costeando o litoral Antártico.
O estreito de Gerlache
O trajeto para chegar, ou sair, vale como prêmio. É preciso atravessar o estreito de Gerlache. Depois, o canal Lemaire, que tem cerca de 600 metros na parte mais estreita.
Nas suas margens imensas montanhas disputam espaço, algumas com altura de mais de dois mil metros. Elas sobem verticalmente, como prédios de granito, a partir do nível do mar. É estonteante navegar ao lado delas. Dá medo.
Das Ilhas Argentinas para Port Lockroy
Das Ilhas Argentinas para Port Lockroy, um dos locais mais visitados na Antártica. Navios e barcos privados fazem fila para entrar.
Nossa chegada foi nervosa. O nordeste, o pior vento por aqui, soprava com força. Nas rajadas superava 50 nós. Foi um custo até chegarmos ao lugar ideal para soltar o ferro.
Quando estávamos quase lá, entrava uma rajada que jogava a proa do Mar Sem Fim, como se fosse um brinquedinho, para o lado oposto. Então a manobra tinha que recomeçar. E tome vento! Conseguimos depois de várias tentativas.
Baía Dorian e Paradise Harbor
De Dorian para Paradise Harbor, outra linda baía. Já não sei que adjetivos usar. Esgotei o estoque. Eles se desgastam. Basta mudar de lugar. É só navegar 15, 20 milhas. Pronto: uma sucessão de paisagens soberbas te obrigam a vasculhar os superlativos. Acredite, o litoral da Antártica é obra de gênio. E gênio muito inspirado.
Assista o sétimo episódio da série
Assista o oitavo programa: Fauna, história e ocupação do continente