Exploração marinha, difícil e cara, ganha novo aliado: a tecnologia dos drones
Os drones, ou veículos de superfície não tripulados, são equipados com 42 sensores de pesquisa meteorológica e oceanográfica. Eles são guiados pelo GPS e controlados por leme remoto. Como não há tripulação, podem ir a ambientes difíceis para coletar dados e ajudar os cientistas a obter uma visão melhor do estado da saúde oceânica e do clima em mudança. Começa uma nova era na exploração marinha.
As brutais dificuldades na exploração submarina
Um dos motivos pelos quais os cientistas conhecem menos de 5% dos oceanos profundos, é sua enorme dificuldade de exploração. É um problema logístico complicado. Os poucos submarinos remotos precisam ser levados em enormes navios. O custo operacional é proibitivo. O próprio custo dos robôs já é muito alto. Ele deve ser construído com tecnologia de ponta, usando materiais exóticos como fibra de carbono, e alta tecnologia em equipamentos embarcados. Imagine a força da pressão abaixo de 4 mil metros, profundidade média dos oceanos que têm picos que chegam até 11 mil metros! E acredite, até nestes locais a poluição humana já chegou.
Estes equipamentos são usados com muito mais frequência na exploração de petróleo, por exemplo. É que a venda do combustível fóssil paga todas as contas e ainda sobram bilhões. O mesmo não acontece na oceanografia. Por isso, hoje os drones são essenciais, assim como outras tecnologias avançadas. Sem elas não avançaríamos.
‘Peixe robô-submarino’
Esta invenção é de arrasar. Veja, para que um robô ajude os cientistas a compreender verdadeiramente a vida marinha, ele deve se introduzir em ambientes subaquáticos sem perturbá-los. Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology relatam na revista Science Robotics, que seu peixe robótico, ágil e ondulante faz exatamente isso. Ele observou e registrou a vida aquática ao longo de recifes de corais no Oceano Pacífico a profundidades de até 18 metros. Produto do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (CSAIL), o robô troca informações com mergulhadores humanos através de um modem de comunicação acústica e se impulsiona usando uma bomba de água motorizada em vez de jatos d’água ou hélices mais disruptivos e menos ágeis, que afugentam os pesquisadores dos peixes eles querem estudar.
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Boias estacionadas para pesquisar
Matéria do site www.inc.com diz que “os dados oceânicos são valiosos, mas, durante décadas, a única maneira de estudar as águas hostis do mundo era implantar uma boia estacionária, lançar um satélite no espaço ou enviar um navio de pesquisa que funcione a um custo de centenas de milhares de dólares por dia para operar. A Saildrone oferece aos pesquisadores governamentais, e empresas privadas, dados mais facilmente acessíveis sobre populações de peixes e vida selvagem, saúde ambiental, temperatura do oceano, clima e mudanças climáticas.
Uma nova era na exploração marinha
“Em um ano, a Saildrone espera implantar mais de 100 drones para dar a primeira visão abrangente dos oceanos e como e por que o clima está mudando, diz o fundador Richard Jenkins. Em alguns anos, a saildrone planeja implantar mais drones no oceano do que há satélites orbitando a Terra.”
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“Jessica Cross, uma oceanógrafa da NOAA, é uma das três principais pesquisadoras que utilizam o Saildrone (e outras tecnologias) para estudar como o Oceano Ártico absorve o dióxido de carbono, e como isso afeta as populações de peixes, a cadeia alimentar e a pesca de subsistência e comercial. Ela diz que cerca de 60% da pesca comercial mundial é feita no Alasca, o que significa que os peixes nessas águas contribuem para a segurança alimentar em todos os lugares.”
“A Saildrone não visa substituir outros sistemas de pesquisa oceânica, diz Cross. Navios, boias e satélites ainda são necessários, mas a Saildrone oferece aos pesquisadores uma visão ampliada dos cantos remotos dos oceanos do mundo.”
Uma rede de drones nos oceanos
“Agora, o Saildrone tem 20 barcos drones que realizam tarefas específicas, como medir dióxido de carbono e contar peixes. Os dados são transmitidos para um satélite e compartilhados com pesquisadores em tempo real. Uma vez que uma rede de centenas ou milhares está em vigor, diz Jenkins, o potencial de Saildrone se reunirá, pois forma uma constelação de pontos de dados interconectados no oceano que rastreia o clima da Terra de polo a polo.”
Conheça mais alguns truques para a exploração submarina, coloque em tela cheia:
Fontes: https://www.inc.com/will-yakowicz/disruptor-25-2017-saildrone.html?cid=sf01001&sr_share=twitter, https://www.scientificamerican.com/video/an-agile-robotic-fish-swims-into-new-waters/.
“…que afugentam os pesquisadores dos peixes eles querem estudar.”
Melhor seria dizer:
“…que afugentam os peixes dos pesquisadores que querem estuda-los.”
Dizem que a Terra teria algo como 4,675 bilhões de anos. Não saberia dizer quando asteróides de gelos começaram a caír aqui e as águas se juntare, mas sabemos que dia-a-dia os oceanos passaram a viver sem que fossem necessários drones, microchips e outros bagulhos e se desenvolveram até resultarem em nós, obra prima da natureza e o maior predador das superfícies, ar e mar. De que adiantam perder tempo querendo estudar os mares se não cuidamos de envenena-los e emporcalhar??? Estamos estudando se os materiais das portas seriam ou não efeicientes para barrar violências, programas de TVs, estupidezes expelidos por falsos pregadores da fé etc. Tudo é muito simples: nos esforçamos hoje, amanhã e sempre nas preservações das águas ou não haverá em muito breve um amanhã.
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