Atol das Rocas recebe justo reconhecimento

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Atol das Rocas recebe reconhecimento: agora ele é nosso mais novo sítio Ramsar

(Foto de abertura: ICMBio)

Ele é uma das joias da coroa do litoral brasileiro. Isolado, é o único atol do Atlântico Sul. Sua formação, de acordo com Darwin,

começou pela formação de um recife costeiro  de corais ao redor de uma ilha vulcânica. À medida que esta ilha vai afundando o recife vai se acumulando e crescendo para fora em busca de águas mais ricas em nutrientes e transformando-se em um recife de barreira. A parte central, com menor circulação de água fica preservada como uma laguna interior

O Atol das Rocas e o Comitê Permanente da Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional

O comitê, também conhecido como Convenção de Ramsar é um tratado intergovernamental firmado na cidade iraniana de Ramsar em 1971, entrando em vigor quatro anos depois com objetivo de conservação e uso racional desses ecossistemas. O Brasil é signatário  desde 1996 e tem, até agora, 13 sítios Ramsar. A vantagem de ser um sítio Ramsar é que todos passam a ter acesso a benefícios como cooperação técnica e apoio financeiro para promover a utilização dos recursos naturais.

Atol das Rocas e a biodiversidade

Localizado ao largo da costa do Rio Grande do Norte, a 80 milhas de Fernando de Noronha, Rocas é local de alimentação, descanso, e acasalamento de um sem-número de aves marinhas. No mar são centenas de espécies. E suas praias ainda são local de desova das tartarugas-verde, tartaruga-de-pente, e da cabeçuda,

Rebio do Atol das Rocas

Desde junho de 1979 o Atol das Rocas é uma unidade de conservação federal, de proteção integral, uma das poucas da costa brasileira. Sua área total é de 35.186,41 hectares.

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Atol das Rocas, mapar do atol das rocas
Em vermelho, o Atol das Rocas. Mais à direita, assinalado Fernando de Noronha.

A integridade da unidade de conservação do Atol das Rocas deve muito a uma pessoa

Como todas as UCs da costa brasileira os recursos da Rebio, ou Reserva Biológica do Atol das Rocas, são pouquíssimos. A integridade desta joia deve muito à sua gestora Maurizélia de Brito Silva, mais conhecida como Zelinha que simplesmente abandonou sua vida em terra firme e mudou-se para o Atol, onde mora. Ela defende o local com unhas e dentes.

A área do entorno é extremamente rica em peixes e constantemente invadida por barcos de pesca. Zelinha, atenta com um pequeno bote de borracha, impede a chegada destes pesqueiros, anota seus nomes e os denuncia, mantendo desta forma a riqueza local. Ela não consegue vigiar toda a área, que é muito grande, em razão, sobretudo, de não ter um barco adequado, e da equipe mínima. Mas ai daqueles que se aproximam do raio de ação de seu pequeno bote…

Atol das Rocas, mapa da rebio atol das rocas
A área da Rebio assinalada em vermelho.

A grande vantagem de ser um sítio Ramsar é que, como dissemos, ele passa a ter apoio financeiro. Quem sabe com isso Zelinha possa ter uma equipe adequada, e  equipamento à altura. Assim, terá mais condições de exercer na plenitude suas funções. Veja algumas fotos do excepcional Atol das Rocas

O Mar Sem Fim já visitou o local inúmeras vezes. E quanto mais o visitamos, mais o admiramos.

atol das rocas, imagem de centenas de pássaros no atol das rocas
São milhares de aves marinhas

O antigo farol e ruínas da casa do faroleiro.

Atol das Rocas, imagem do antigo farol no atol das rocas
No passado um faroleiro morava no local

Na maré baixa surgem lagoas onde as aves aproveitam para se alimentar.

Atol das Rocas, imagem de aves no atol das rocas
Na maré baixa formam-se lagoas

Outro ângulo do Atol

Atol das Rocas, imagem do atol das rocas
No interior a lagoa…

Os corais…

Atol das Rocas, corais no atol das rocas
Os corais

A única praia.

Atol das Rocas, imagem de praia do atol das rocas
A única praia

Saiba mais sobre as novas áreas marinhas protegidas que vem aí.

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